Reconhecida por sua arquitetura colonial e vestígios arqueológicos, como o Sacsayhuamán e o Templo de Q’oricancha, Cusco, antiga capital do Império Inca, atrai turistas de todo o mundo. A cidade, que foi um dos principais centros culturais e religiosos dos Incas, também serve como ponto de partida para a famosa trilha até Machu Picchu.
#Dica I – Caso esteja indo para Cusco, confira aqui ótimos hotéis para sua estádia: 3*Tierra Viva Cusco San Blas / 4*Palacio Manco Capac / 5*Palacio del Inka
#Dica II – Nossa viagem ao Peru – Roteiro de 3 dias em Lima (2009) / Roteiro de 3 dias em Cusco (2009) / Roteiro de 2 dias em Machu Picchu (2009) / Roteiro de 1 dia em Puno (2009)
Dia 1 – Plaza de Armas / Catedral de Cusco / Jantar no La Vicentina
Chegamos mais para o fim da tarde, mas ainda deu para aproveitar um pouco a parte central da cidade. Foi aqui que o colonizador espanhol Francisco Pizarro declarou a conquista da então tão importante cidade.
A Plaza de Armas de Cusco, também conhecida como Plaza Mayor, é o coração histórico da cidade. É uma das mais impressionantes do país, repleta de história e rodeada por arquitetura colonial, além de ser decorada com estátuas e monumentos que contam parte da história de Cusco. Também é um ponto de referência importante e um local de encontro para moradores locais e visitantes. Nesse dia estava ocorrendo uma feira e aproveitamos para conhecermos as dezenas de barraquinhas vendendo centenas de produtos típicos do Peru.
Dos edifícios em volta da praça, visitamos a Catedral de Cusco, oficialmente chamada de “Catedral Basílica de la Virgen de la Asunción”. A construção da catedral começou em 1559, sobre as fundações de um antigo palácio inca, e levou quase 100 anos para ser concluída. Sua fachada é imponente, com três portais ornamentados esculpidos em pedra, cada um representando diferentes aspectos da fé e da história religiosa. O interior da catedral é igualmente impressionante, com altares dourados, obras de arte religiosa, afrescos e lindas esculturas. Devido a sua importância histórica, ela foi selecionada como Patrimônio Mundial da UNESCO em 1983.
Jantamos em um pequeno restaurante chamado La Vicentina, no caminho para o hotel. Comida muito boa e em conta. Ótimo Lomo Salteado, o melhor da viagem.
Dia 2 – Pisac / Ollantaytambo / Chinchero / Jantar no Greens
Como nosso tempo em Cusco era relativamente curto, fechamos uma excursão para o Vale Sagrado que nos levasse a vários lugares e templos em um dia: Vale Sagrado com Pisaq, Ollantaytambo, Chinchero com Almoço
Começamos por Pisac, um típico povoado Inca que serve como ponto de partida para visitar o Valle Sagrado. A pequena cidade é famosa por suas ruínas incas, mercado tradicional e deslumbrante paisagem natural. Aqui se encontra a famosa feira de Pisac, que ocorre na praça central da cidade, mas que acaba se espalhando pelas ruelas. Para quem quiser comprar coisas relacionadas à cultura Peruana, esse é um ótimo lugar, pois achamos os preços mais em conta do que em Cusco. Entretanto, não deixe de negociar, os vendedores começam com os preços lá em cima.
Depois de aproximadamente 45 minutos na feira, saímos em direção ao Parque Arqueológico Pisac. Localizado a 3.300 metros acima do nível do mar, estima-se que o Parque Arqueológico de Pisac foi construído pelo imperador Pachacutec em meados do século XV, sendo hoje um dos principais pontos turísticos do Vale Sagrado. Apesar de menos divulgado que alguns outros sítios arqueológicos, a visita às ruínas de Pisac é bem interessante, principalmente a vista do ponto mais alto, já que engloba uma ampla visão das redondezas. Entende-se que Pisac tinha uma importante função na produção de alimentos, caracterizado pelo plantio nas terraças, que parecem degraus nas encostas das montanhas, possibilitando o plantio em um relevo que não ajuda. Estima-se também que Pisac tinha uma importante função militar na defesa do Rio Urubamba.
A próxima parada da excursão foi Ollantaytambo. Sem dúvida o sítio arqueológico mais impressionante do dia e também do Vale Sagrado como um todo. Tudo muito bem preservado e grandioso. De ante mão, o preparo físico aqui é importante se você quiser tirar proveito de tudo que Ollantaytambo oferece, pois as subidas são bem fortes, com degraus bem íngremes. Assim como Pisac, a vista do alto de Ollantaytambo é bem impressionante. Destaque também para o Templo do Sol, construído com blocos de pedras gigantes, que devem pesar dezenas de toneladas, e encaixadas umas as outras. Estima-se que Ollantaytambo foi um local de importância política na civilização Inca, mas que também tinha funções religiosas e militares.
A próxima e última parada da excursão foi à cidade de Chinchero, que tem como seu principal ponto turístico o Centro Arqueológico de Chinchero e sua linda igreja, que por fora parece muito simples, mas que é cheia de história. Antes de seguirmos para a igreja, paramos em uma cooperativa de artesanato na cidade, onde nos apresentaram um pouco do trabalho de tecelagem.
A igrejinha é conhecida como a “Igreja de Nuestra Señora de Montserrat”. A mesma foi construída durante o período colonial espanhol sobre as fundações de um antigo palácio inca e incorpora elementos arquitetônicos coloniais e indígenas. Ela possui uma fachada de pedra esculpida e possui uma nave única com altares ornamentados e pinturas religiosas. O interior da igreja abriga belas pinturas e murais coloniais que representam temas religiosos e históricos.
De volta à cidade, jantamos no Greens, que é famoso por seus pratos orgânicos. O melhor lugar que comemos em Cusco. Imperdível, apesar de ser um pouco mais caro que muitos lugares em Cusco.
Dia 3 – Museo de Sitio del Q’oricancha / Q’oricancha / Sacsaywaman / Q’enqo / Pukapukara / Tambomachay / Jantar no Chez Maggy
Começamos o dia visitando o Museo de Sitio del Q’oricancha, que está situado no mesmo complexo que o Templo de Q’oricancha. O museu abriga uma coleção de objetos arqueológicos e históricos que foram recuperados de áreas ao redor. Esses objetos incluem cerâmica, têxteis, objetos de metal e outros artefatos que lançam luz sobre a vida e a cultura dos incas. Achamos bem dispensável; o único grande destaque mesmo foi à múmia exposta no local.
Assim como no dia anterior, decidimos contratar uma excursão, conhecendo assim o resto das principais atrações de Cusco: Excursão de meio dia pela cidade com Sacsayhuaman e Q’enco
A excursão começou pelo Templo do Sol, ou como é conhecido, Templo de Q’oricancha. O nome significa “Pátio de Ouro” em quechua, e o templo era dedicado principalmente ao culto ao deus sol, Inti. Era um local de grande importância religiosa e cerimonial para os incas, sendo o templo mais sagrado do Império Inca. O templo original foi construído com maestria, usando pedras polidas perfeitamente encaixadas, sem o uso de argamassa. A estrutura era ricamente decorada e revestida com ouro, prata e outras valiosas peças de metal. Após a conquista espanhola do Peru, o templo foi parcialmente destruído pelos espanhóis, que construíram a Igreja e Convento de Santo Domingo sobre suas fundações. A arquitetura espanhola se mesclou com a inca, e hoje os visitantes podem ver elementos de ambos os estilos.
A excursão continua por Sacsaywaman, que achamos ser o melhor templo desse 2º dia. Sacsaywaman está situada nas colinas acima da cidade, a apenas alguns quilômetros do centro histórico. Devido à sua localização elevada, oferece uma vista panorâmica espetacular de Cusco. Sacsayhuamán foi construída pelos incas durante o reinado do imperador Pachacuti, no século XV. Acredita-se que tenha sido usada tanto como fortaleza quanto como local cerimonial.
A sua construção envolveu enormes blocos de pedra, alguns dos quais pesam várias toneladas, cuidadosamente esculpidos e encaixados. Dizem que apesar do tamanho ser bem maior que os outros templos da cidade, chega somente a 20% do tamanho original. Sacsayhuamán era um local importante para festivais e cerimônias incas, como o famoso festival do sol, Inti Raymi, que ainda é celebrado anualmente em Cusco. Devido a sua importância histórica, também foi selecionada pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 1983.
A próxima parada, também nos arredores do Cusco, foi o sítio arqueológico Q’enqo. Q’enqo era um local sagrado para os incas e desempenhava um papel importante em suas cerimônias religiosas e rituais. Era um lugar onde os sacerdotes incas realizavam observações astronômicas e rituais relacionados à fertilidade e à agricultura. Uma das características mais notáveis é um grande monólito de pedra que possui canais esculpidos em sua superfície, possivelmente usados para conduzir líquidos durante rituais. Há também uma série de galerias e passagens subterrâneas esculpidas nas rochas, provavelmente também usadas em cerimônias e rituais.
De lá seguimos para Pukapukara. Embora não haja consenso, a função exata de Pukapukara ainda é objeto de debate. Alguns acreditam que era uma fortaleza militar ou um posto de controle das rotas incas, enquanto outros sugerem que poderia ter tido um propósito cerimonial ou administrativo. Pukapukara possui um elaborado sistema de aquedutos e canais de água, indicando sua importância para o abastecimento de água na região.
Finalizamos o dia em Tambomachay. Tambomachay é frequentemente referido como “Os Banhos do Inca” devido à sua associação com fontes de água e sistemas hidráulicos. Embora a função exata do local ainda seja motivo de debate entre os especialistas, é amplamente acreditado que Tambomachay foi usado como um local cerimonial ou religioso relacionado com a água e com rituais de purificação. O local é composto por uma série de terraços de pedra, aquedutos, canais de água e uma série de pequenas fontes termais. As fontes de água ainda fluem e abastecem piscinas e canais de água, demonstrando o avançado conhecimento hidráulico dos incas.
Jantamos no Chez Maggy. Nada demais; pizza gostosa em um ambiente típico (Inclusive com música ao vivo).